“Memento homo quia pulvis es et in pulverem reverteris”
(Lembra-te, homem, de que és pó e ao pó hás de voltar)
Os Arautos do Evangelho convidam a todos para a Missa de Quarta-Feira de Cinzas.
Local: Casa dos Arautos do Evangelho em Joinville
Endereço: Rua Paganini, 105 – Saguaçu
Horário: 19 horas
A partir da Quarta-Feira de Cinzas iniciam-se os quarenta dias que antecedem a Semana Santa. A liturgia nos fala da necessidade do jejum e da penitência como meios de melhor combater os vícios, pela mortificação do corpo, e propiciar a elevação da mente a Deus.
Nas palavras de Nosso Fundador, Mons. João Clá Dias, o Evangelho da Quarta-Feira de Cinzas nos apresenta o espírito com que se deve viver a Quaresma: não fazer boas obras com vistas a obter a aprovação dos outros, não ceder ao orgulho nem à vaidade, mas procurar em tudo agradar somente a Deus.
No jejum, na oração ou na prática de qualquer boa obra, deve-se erigir como fim último à glória d’Aquele que nos criou. Pois tudo quanto é nosso – exceção feita das imperfeições, misérias e pecados – pertence a Deus. E também nossos méritos, pois é o próprio Jesus quem afirma: “Sem Mim, nada podeis fazer”! (Jo 15, 5).
Assim, se tivermos a graça de praticar um ato bom, devemos imediatamente reportá-lo ao Criador, restituindo-Lhe os méritos, pois estes Lhe pertencem, e não a nós. “Quem se gloria, glorie-se no Senhor” (I Cor 1, 31), adverte-nos o Apóstolo.
Saibamos, portanto, aproveitar este Tempo da Quaresma para crescermos na humildade e tomarmos consciência clara da nossa limitação, uma vez que “o homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do Céu” (Jo 3, 27). [1]
O início da Quaresma é marcado por um ritual singelo, mas de grande profundidade: a imposição das cinzas como sinal da verdadeira penitência do coração.
Já no Antigo Testamento os homens cobriam-se de cinzas para exprimir sua dor e humilhação, como se pode ler no livro de Jó. Nos primeiros séculos da Igreja os penitentes públicos apresentavam-se nesse dia ao bispo ou penitenciário: pediam perdão revestidos de um saco, e como sinal de sua contrição cobriam a cabeça de cinzas. Mas como todos os homens são pecadores, diz santo Agostinho, essa cerimônia estendeu-se a todos os fiéis, para lhes recordar o preceito da penitência.
Tenhamos os mesmos sentimentos: deploremos as nossas faltas ao recebermos das mãos do ministro de Deus as cinzas bentas pelas orações da Igreja. Quando o sacerdote nos disser “lembra-te que és pó, e ao pó hás de tornar”, ou “convertei-vos e crede no Evangelho”, enquanto impõe as cinzas, humilhemos o nosso espírito pelo pensamento da morte que, reduzindo-nos ao pó, nos porá sob os pés de todos. Assim dispostos, longe de lisonjearmos o nosso corpo destinado à dissolução, decidir-nos-emos a tratá-lo com dureza, a refrear o nosso paladar, os nossos olhos, os nossos ouvidos, a nossa língua, todos os sentidos; a observar, o mais possível, o jejum e a abstinência que a Igreja nos prescreve. [2]



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